segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sêmen deixa as mulheres mais felizes

Sêmen pode ajudar no combate à depressão feminina






Um dos segredos para a felicidade feminina pode estar no sêmen. Segundo um estudo feito pela New York State University, o contato com o líquido deixa as moças mais felizes e pode ajudar no combate à depressão. Isso porque a substância influencia quimicamente os níveis de humor femininos.
Os pesquisadores compararam a saúde mental e a atividade sexual de 293 mulheres. Cada participante efetuou alguns testes e respondeu anonimamente a um questionário sobre sua saúde, comportamento e atividade sexual.

De acordo com a pesquisa, o líquido seminal contém três substâncias que alteram o humor: cortisol - responsável por aumentar a afeição - além da estrona e oxitocina. As duas últimas substâncias elevam o humor. Ou seja, seu marido é diretamente responsável pela sua "alegria".

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ex-assessora parlamentar na 'Playboy'



 

Foto: Yala Sena

A ex-assessora parlamentar Denise Leitão Rocha confirmou, em entrevista ao site F5, da Folha de S.Paulo, que posou para a revista “Playboy”. A loira ficou conhecida como Furacão da CPI depois que um vídeo de sexo protagonizado por ela caiu na internet. Ela estampará a capa da edição de setembro da publicação.

"Quer saber por quê? Porque fui exonerada do Senado e estava precisando de dinheiro. Até o último momento, eu não iria fazer", disse ela ao F5. Denise disse que foi “muito difícil” fazer o trabalho, mas não revelou quanto recebeu por ele.

No vídeo, a jovem, que pode ser claramente identificada por suas tatuagens, aparece tendo relações sexuais com um ex-namorado que também é assessor do Senado. Após a repercussão do caso, ela foi exonerada pelo assessor Ciro Nogueira (PP-PI).

Em suas declarações aos jornalistas, a ex-assessora disse ter sido vítima de machismo e estar zangada por uma situação que pode prejudicar sua carreira como advogada. Questionada se ficou chateada, respondeu: "Lógico. Não só eu como a sociedade toda. Foi machismo. Só ouviram um lado".

A advogada afirmou que sua maior preocupação é descobrir como o vídeo foi parar na internet para poder processar o autor e salvar sua carreira profissional.

Primo do goleiro Bruno, uma das principais testemunhas é assassinado




 

Sérgio Rosa Sales ajudou a polícia na reconstituição do crime. (Foto: Lucas Prates/ AE)BELO HORIZONTE - O primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, foi assassinado na manhã desta quarta-feira no Bairro Minaslândia, Região Norte de Belo Horizonte, em minas Gerais. Segundo a Polícia Militar, ele foi baleado, e a motivação do crime ainda é desconhecida. Sérgio estava entre os acusados pelo Ministério Público no caso da morte da modelo Eliza Samúdio, com quem Bruno teve um filho. Ele respondia por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.

De acordo com a Polícia Militar, o pai de Sérgio, Carlos Alberto Sales, disse que ele havia saído para trabalhar - como pedreiro -, pouco antes do crime, que ocorreu próximo à casa dele. Sérgio teria avistado dois homens em uma moto e correu até o quintal de uma casa, onde foi atingido por cinco tiros.
Sales ajudou a polícia na reconstituição do crime feita no sítio de Bruno em outubro de 2010. Ele contou detalhes do que teria acontecido no local nos dias anteriores ao desaparecimento de Eliza Samudio. Na ocasião, ele disse que a jovem estava na sala do sítio, com um ferimento no topo da cabeça.
O primo do goleiro havia sido solto em agosto de 2011 por ter contribuído nas investigações. Na época, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiram que ele responderia em liberdade pelo processo. Os membros da 4ª Vara Criminal do TJMG argumentaram que o réu não tinha antecedentes criminais e havia cooperado com as investigações. Entenderam também que ele não teria condições financeiras para coagir testemunhas. Sérgio ficou preso na penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves.
Na mesma sessão, os desembargadores negaram recurso dos réus à sentença que determinou que eles sejam submetidos a júri popular e mantiveram a decisão da juíza de Contagem (MG) Marixa Rodrigues, sob o argumento de que os advogados não trouxeram novas informações relevantes ao caso ou que justificassem qualquer decisão em contrário. Os advogados ainda podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar evitar o júri.
Com a decisão da libertação Sérgio, apenas Bruno, seu parceiro Luiz Henrique Romão (mais conhecido como Macarrão) e o ex-policial civil Marcos Aparecido Santos (Bola) aguardariam o julgamento presos.
Bruno, Macarrão e Sérgio vão a júri por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o ex-policial será julgado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Os outros cinco réus no processo continuam em liberdade para responder por sequestro e cárcere privado. São eles: Dayanne de Souza, ex-mulher do goleiro; Fernanda Castro, ex-amante de Bruno; Elenílson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio em Esmeraldas (MG); e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, amigo do atleta.
Também em agosto de 2011, a juíza Maria José Starling, suspeita de intermediar uma negociação de venda de habeas corpus para a liberação do ex-goleiro do Flamengo, foi internada após ter ingerido remédios. A juíza foi resgatada em casa, na Zona Sul de Belo Horizonte, e encaminhada a um hospital particular. Segundo os policiais, eles foram avisados por uma denúncia anônima.
A magistrada era titular da comarca de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e está suspensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais desde o dia 27 de julho de ano passado, após denúncias feitas pela noiva do goleiro, Ingrid Calheiros, de que ela teria participado de uma negociação de venda de habeas corpus para o atleta, que está preso desde o ano passado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, acusado de envolvimento no desaparecimento e na morte da ex-namorada Eliza Samudio. O plano teria sido desfeito quando pessoas ligadas a Bruno perceberam que não havia garantia de sucesso.
Maria José foi oficialmente afastada por ter dado entrevistas criticando decisões do desembargador Fernando Starling. No entanto, escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça flagraram a relação de intimidade da magistrada com Ingrid Calheiros, noiva de Bruno. Em junho, Ingrid veio a público denunciar que um advogado contratado pela juíza teria cobrado R$ 1,5 milhão para garantir a liberação do ex-atleta. Um contrato de prestação de serviço teria sido assinado para concluir o negócio, mas teria sido cancelado quando o advogado resolveu cobrar o dinheiro antes da libertação do ex-goleiro.
O Ministério Público determinou a investigação do episódio e confirmou a relação de proximidade entre Ingrid e a juíza. Por meio de seu advogado, Maria José sempre negou ligação com Ingrid. No entanto, na gravação de um telefonema da juíza para a noiva de Bruno, a magistrada sugere que Ingrid contrate o advogado de sua confiança, dá outros conselhos e pede uma camisa do ex-goleiro.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Opinião do leitor

“LULA TROUXE A COPA, DILMA CONSTRUIU OS ESTÁDIOS, SERÁ QUE A GROBO VAI ESCALAR UMA SELEÇÃO OU VAI SABOTAR?

Políca Federal causa irritação, transtorno e prejuízo nos aeroportos do Brasil

A Polícia Federal vem realizando em todo o Brasil uma espécie de Operação Padrão, em meio a um movimento grevista, que tem causado transtornos nos aeroportos. 
O movimento que está atrapalhando a viagem de milhares de pessoas. Eles reivindicam a valorização da categoria, que está em greve desde o dia 7. A ação policial causa atrasos em mais da metade dos voos nos terminais. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que várias partidas programadas estavam atrasadas e outras foram canceladas.
A revista minuciosa das bagagens por parte dos policiais também causa fila no embarque de passageiros. Isso faz com que os passageiros percam voos. A intenção é chamar a atenção do Governo Federal para negociar com a categoria, mas os prejudicados são os passageiros entre eles idosos, crianças, doentes, e pessoas que tem compromissos inadi[aveis, causando prejuizos irreparáveis.
Será que alguns deles irão repor esses prejuízos?
Duvido... é claro que não!!

Russomanno venceria Serra no 2º turno, diz Ibope

Pesquisa Ibope sobre a preferência do eleitorado paulistano para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), divulgada nesta quinta pelo Estado/TV Globo, aponta empate entre o candidato do PSDB, José Serra, e o candidato do PRB, Celso Russomanno, ambos com 26% da preferência do eleitorado. Na simulação de segundo turno entre os dois, Russomanno ganharia de Serra por 42% a 35%. Mas 16% dos entrevistados informaram que votariam branco ou anulariam o voto nesse caso. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. Esta é a segunda pesquisa Ibope/Estado/TV Globo depois da homologação das candidaturas.
A pesquisa Ibope mostra o petista Fernando Haddad em terceiro lugar com 9% das intenções de voto dos paulistanos. A candidata do PPS, Soninha Francine aparece com 5%, empatada com Gabriel Chalita (PMDB), também com 5% e Paulinho da Força (PDT) com 5%. Na mesma mostra, 12% votariam em branco ou nulo e 10% não souberam responder.
Dois outros candidatos estão tecnicamente empatados, com 1% na pesquisa estimulada: Ana Luiza (PSTU) e Carlos Giannazi (PSOL). Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Anaí Caproni (PCO) e Miguel Manso (PPL) não chegaram a 1%.
Serra é o candidato que tem o maior grau de rejeição: 37% dos paulistanos afirmaram que não votariam no tucano. Haddad tem 14%, Russomanno 11%, Chalita 9% Soninha tem 14% e Paulinho 14%.
O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 13 a 14 de agosto. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) sob protocolo número SP-00311/2012.

Agnaldo Timóteo defende a Ditadura Militar e ofende plateia em SP

O vereador Agnaldo Timóteo (PR) defendeu a Ditadura Militar na tarde desta quinta-feira durante discurso na Câmara Municipal de São Paulo. Segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, ele chegou a chamar servidores que estavam na plateia de “idiotas” e animais” e os mandou calar a boca. O cantor também criticou a Comissão da Verdade, instalada no Legislativo no começo do ano.

Segundo Timóteo, "não se pode condenar todo o Regime pelos erros de alguns de seus agentes" e que a PM em São Paulo estava sendo perseguida. "Em 1970 nós éramos 90 milhões em ação, não podemos esquecer disso. E todos os presidentes militares morreram pobres, enquanto muitos dos nossos representantes eleitos se aposentam milionários", acrescentou, continuando: “Não vejo um documentário falando das estradas que os militares construíram, das grandes obras. Só falam mal, a grande mídia faz uma perseguição odiosa ao Regime”.

Em campanha salarial, os servidores que estavam na plateia para acompanhar a sessão ordinária também xingaram Timóteo.

Ao final do discurso, o vereador Ítalo Cardoso (PT) apresentou requerimento na Corregedoria da Casa acusando o vereador de quebra de decoro parlamentar. "Pela manhã ele já havia ofendido o público que veio acompanhar a audiência da Comissão da Verdade. Ele quebrou o decoro hoje duas vezes, de manhã e à tarde", disparou o petista.

Homem teve o cérebro atravessado por um vergalhão de 2m e sobreviveu!

RIO - Um operário da construção civil de 24 anos foi atingido nesta quarta-feira por um vergalhão numa obra em Botafogo, Zona Sul do Rio, e sobreviveu. O pedaço de ferro, de dois metros de comprimento, atravessou o capacete do rapaz, perfurou seu cérebro e saiu pela região entre os olhos. Os bombeiros cortaram uma parte do vergalhão no local do acidente e levaram o ferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. A equipe cirúrgica operou a vítima ainda ontem, durante cinco horas. Segundo os médicos, o operário chegou ao hospital falando e consciente. Três médicos participaram da cirurgia, que reconstruiu o cérebro do rapaz, que, aparentemente, não apresenta sequelas.

A vítima está internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), mas acordada e falando. De acordo com o diretor do hospital, Luiz Alexandre Essinger, o risco agora é que o paciente contraia uma infecção:
- Quando o vergalhão entrou no cérebro, levou também muita poeira. Os cirurgiões limparam a área e cauterizaram os vasos sanguíneos afetados. O risco agora é ter uma infecção. Para evitar uma contaminação de secreções dos seios da face, o vergalhão foi puxado para baixo durante a cirurgia.
Segundo os médicos, a área afetada do cérebro é responsável pela parte das emoções. A vítima poderia ficar desorientada ou ter perda de memória, o que não aconteceu. Ele ainda deu mais sorte: se o vergalhão tivesse entrado três centímetros mais para o lado, teria atingido a parte do cérebro responsável pela coordenação motora. A vítima não estaria conseguindo mexer pernas e braços.
Se tudo der certo, o paciente terá alta em uma semana.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Será aberto o inquérito sobre relação de Cachoeira e Perillo, autorizado pelo STJ

BRASÍLIA - O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de inquérito para averiguar as relações entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). A assessoria do STJ informou nesta segunda-feira que a abertura da investigação foi decidida a pedido do Ministério Público, mas não deu detalhes. A investigação correrá em segredo de justiça.
A CPI do Cachoeira no Congresso já abordou as relações entre Perillo e Cachoeira. Entre as gravações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, que levou Cachoeira à prisão, consta ligação entre os dois, no aniversário do contraventor, quando o governador o deseja feliz aniversário. Além disso, Cachoeira foi preso, em fevereiro deste ano, em casa que pertenceu a Perillo.
Além disso, escutas telefônicas da PF, gravadas com autorização judicial, sugerem que o bicheiro pagava contas de secretários do governador e, para isso, valia-se da construtora Delta. Para membros da CPI do Cachoeira, os diálogos demonstram que várias áreas do governo do tucano estavam comprometidas com o grupo de contraventor.
Perillo já depôs perante a CPI e negou ter relações com Cachoeira. Os deputados e senadores da comissão já defendem a reconvocação do governador para falar da liberação de recursos para a Delta em troca da compra de sua casa. Um requerimento pela reconvocação de Perillo a depor na CPI já foi entregue e deve ser analisado pela comissão.

Exército tem sua primeira general abertamente gay

WASHINGTON - Foi um gesto discreto, que poderia passar despercebido, mas que marcou um antes e um depois no Pentágono. A oficial do Exército americano Tammy Smith, de 49 anos, foi promovida na última sexta-feira a general de brigada, em uma cerimônia formal no cemitério militar de Arlington, em Washington. Durante este tipo de ato, é o parceiro ou a parceira do soldado quem coloca a insignia correspondente no ombro do oficial. No caso de Tammy, coube a sua esposa, Tracey Hepner. Com a promoção, o Exército americano tem sua primeira general abertamente gay.
No próximo dia 20 de setembro faz um ano que a lei que proibia gays e lésbicas de servirem abertamente o Exército americano foi revogada. Em menos de um ano, a mudança chegou até os cargos mais altos da cúpula militar: faltam apenas duas patentes para que Tammy chegue a general de quatro ou cinco estrelas.
Tammy Smith e Tracey Hepner se casaram em Washington - onde as uniões gays são legais - em março de 2011. A oficial leva 26 anos no Exército, e serviu no Afeganistão entre dezembro de 2010 e outubro de 2011. No ano passado, o jornal afiliado ao Pentágono "Star & Stripes" entrevistou Tammy, então coronel, que disse que não pretendia "sair do armário" caso a lei fosse revogada. Ela usou um pseudônimo para falar sobre o tema.
"É pouco provável que meus companheiros tenham conhecido a algum gay. E é menos provável ainda que eles tenham uma imagem positiva dos gays", disse para revista. "O melhor que pode acontecer se a lei for revogada é que eu e minha mulher poderemos sair para beber juntas, sem ter que estar sempre preocupadas".
Com o tempo, no entanto, ela conseguiu muito mais que isso. Hoje, Tammy Smith ocupa o posto de subchefe de gabinete do Departamento de Reserva do Exército em Washington.
"Abre-se uma nova era no Exército americano quando nossos líderes reconhecem quem são e servem ao país que amam ao mesmo tempo. A general de brigada de Smith fez história hoje, não só por ser um membro de uniforme exemplar, que serve nossa nação com integridade e honra, mas por ser uma lésbica orgulhosa de si mesma, e que admite assim o tremendo sacrifício que sua família assume para que ela possa lutar a serviço pelo seu país, disse em um comunicado Aubrey Sarvis, veterana do Exército e diretora-executiva da "Servicemember Legal Defense Network", que trabalha a favor da igualdade nas Forças Armadas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mensalão foi conluio da imprensa contra Lula, disse Bandeira de mello

Tese é do jurista Celso Bandeira de Mello; leia sua entrevista à revista Consultor Jurídico

13 de Agosto de 2012  
Estrela do direito administrativo, o jurista Celso Bandeira de Mello falou sobre o processo do mensalão. Leia trechos de sua entrevista ao repórter Elton Bezerra, da revista Consultor Jurídico, na qual ele também falou sobre meios de comunicação e os governos Lula e FHC:
ConJur — Como que o senhor vê o processo do mensalão?
Celso Antônio Bandeira de Melo − Para ser bem sincero, eu nem sei se o mensalão existe. Porque houve evidentemente um conluio da imprensa para tentar derrubar o presidente Lula na época. Portanto, é possível que o mensalão seja em parte uma criação da imprensa. Eu não estou dizendo que é, mas não posso excluir que não seja.
ConJur − Como o senhor espera que o Supremo vá se portar?
Bandeira de Melo − Eu não tenho muita esperança de que seja uma decisão estritamente técnica. Mas posso me enganar, às vezes a gente acha que o Supremo vai decidir politicamente e ele vai e decide tecnicamente.
ConJur − O ministro Eros Grau disse uma vez que o Supremo decidia muitos casos com base no princípio da razoabilidade e não com base na Constituição. O que o senhor acha disso?
Bandeira de Melo − Pode até ser, mas eu acho que muitas vezes quem decide é a opinião pública.
ConJur – E o que o senhor acha disso?
Bandeira de Melo – Péssimo. A opinião pública é a opinião da imprensa, não existe opinião pública. Acho muito ruim decidir de acordo com a imprensa.
ConJur – E como o senhor avalia a imprensa?
Bandeira de Melo − A grande imprensa é o porta-voz do pensamento das classes conservadoras. E o domesticador do pensamento das classes dominadas. As pessoas costumam encarar os meios de comunicação como entidades e empresas cujo objetivo é informar as pessoas. Mas esquecem que são empresas, que elas estão aí para ganhar dinheiro. Graças a Deus vivemos numa época em que a internet nos proporciona a possibilidade de abeberarmos nos meios mais variados. Eu mesmo tenho uma relação com uns quarenta sites onde posso encontrar uma abordagem dos acontecimentos do mundo ou uma avaliação deles por olhos muito diversos; que vai da extrema esquerda até a extrema direita. Não preciso ficar escravizado pelo que diz a chamada grande imprensa. Você pega a Folha de S.Paulo e é inacreditável. É muito irresponsável. Eles dizem o que querem, é por isso que eu ponho muita responsabilidade no judiciário.
ConJur – O que o Judiciário deveria fazer?
Bandeira de Melo − Quando as pessoas movem ações contra eles, contra os absurdos que eles fazem, as indenizações são ridículas. Não adianta você condenar uma Folha, por exemplo, ou uma Veja a pagar R$ 30 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil. Isso não é dinheiro. Tem que condenar em R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. Aí, sim, eles iriam aprender. Do contrário eles fazem o que querem. Lembra que acabaram com a vida de várias pessoas com o caso Escola Base? Que nível de responsabilidade é esse que você acaba com a dignidade das pessoas, com a vida das pessoas, com a saúde das pessoas e fica por isso mesmo? Essa é nossa imprensa.
ConJur − O senhor é a favor da diminuição da maioridade penal?
Celso Antônio Bandeira de Melo −
 Não consigo ser porque a vida inteira eu fui contra, mas hoje eu balanço. Eu era firme como uma rocha, achava um absurdo, achava que era necessário dar boas condições de vida para as crianças. Claro que devemos fazer isso, mas enquanto existir televisão e não for permitida a censura, nós vamos ter a continuidade dessa violência e as crianças vão assistir violência.
ConJur − O senhor é a favor da censura na TV?
Bandeira de Melo − Sou absolutamente a favor. Sou contra a censura ideológica. Essa eu sou visceralmente contra. Mas a censura de costumes eu sou a favor.
ConJur − Como seria essa censura de costumes?
Bandeira de Melo − Todo mundo é [a favor], só que não tem coragem de dizer. Você é a favor de passar filmes pedófilos na televisão? Eu não sou. Mas se passasse você se sentiria como? Você é a favor de censurar. As pessoas não têm coragem de dizer, porque depois do golpe virou palavrão ser a favor da censura. Você é a favor que passe um filme que pregue o racismo, não importa que tipo de racismo, nem contra que povo? Todo mundo é a favor da censura, mas as pessoas não têm coragem de dizer por que não é politicamente correto.
ConJur − E a quem caberia exercer essa censura?
Bandeira de Melo − Não precisa ser de funcionário público. Um corpo da sociedade escolhido por organismos razoavelmente confiáveis, como a OAB e certas entidades de benemerência.
ConJur – Mas a censura não é vedada pelas leis do país?
Bandeira de Melo − Você diria que é proibido. Eu diria que não é tão proibido assim. Pegue a Constituição e veja o que ela diz a respeito da defesa da criança, inclusive na televisão. Portanto, seria perfeitamente possível, mas a palavra ficou amaldiçoada.
ConJur – Por que deveria haver censura?
Bandeira de Melo −  A imprensa escolhe o que noticia e usa uma merda de argumento que diz o seguinte: “Nós não somos responsáveis por essas coisas, isso existe, são os outros que fazem isso. Só estamos contando, nada mais.” Se fosse por isso, a humanidade não teria dado um passo, porque a humanidade adorava ver os cristãos sendo devorados pelos animais ou os gladiadores se matando. A humanidade adorava ver as supostas feiticeiras sendo queimadas. A humanidade sempre gostou de coisas de baixo nível e vis. Dizer que tem gente que gosta de assistir esses programas ordinários não é argumento válido. Você diz esse mesmo argumento para passar e acabou. A imprensa poderia dar notícias de coisas maravilhosas. Existe muita gente boa, que fazem coisas excelentes. Não. Ela noticia só o que há de pior, e você fica intoxicado por aquilo no último grau.
ConJur − O senhor acha que a imprensa deveria ser obrigada a noticiar outras coisas?
Bandeira de Melo − Acho que não dá para tolher a liberdade das pessoas nesse nível. Deveria haver uma regulamentação da imprensa importante.
ConJur − Em todos os meios: impresso, eletrônico?
Bandeira de Melo − Todos. De maneira que os que trabalham, os empregados, deveriam ter uma participação obrigatória e importante. O dono do jornal, da televisão tem direito ao dinheiro daquele lugar, mas não às opiniões. Porque do contrário não há mais a liberdade de pensamento. Há liberdade de meia dúzia de caras. O pensamento é dos que produzem o jornal, é dos jornalistas. Não é um problema de censura, é um problema de não entregar o controle a uma meia dúzia de famílias. Abrir para a sociedade, abrir para os que trabalham no jornal, ou na rádio ou na televisão, para que eles possam expressar sua opinião. E haver, sim, um controle ético de moralidade e impedir certas indignidades.
ConJur − Algum exemplo de uma indignidade cometida pela imprensa?
Bandeira de Melo − Mostrar crianças sendo torturadas ou mostrar corpos dilacerados. Isso incentiva [a violência], sim. O ser humano não é bonzinho. Você não tem que incentivar a maldade. Porque os EUA são desse jeito? Eles exportam para nós tudo o que há de pior. A boa imagem dos EUA no mundo quem dá é o cinema. Porque o cinema deles tem coisas muito humanas, muito boas também. Para cá vem o lixo, o povo gosta do lixo.
ConJur − Na época do governo FHC havia um grande número de ações por improbidade administrativa, e de certa forma, durante o governo do PT isso deu uma diminuída. O senhor acha que o Ministério Público amadureceu, houve alguma mudança?
Bandeira de Melo −
 No governo do Fernando Henrique houve muita corrupção, e essas ações eram uma demonstração disso. Houve corrupções confessadas, por exemplo, foi gravado o senhor Fernando Henrique dizendo que podia usar o nome dele numa licitação. O que aconteceu com ele? Nada. Ele está endeusado pela imprensa. Nada. O senhor Menem andou uma temporada na cadeia, o senhor Fujimori está [na prisão] até hoje, e com ele [FHC] nem isso aconteceu. Não estou dizendo que era para ele ir para a cadeia ou não. Mas foi um crime e não aconteceu nada. Olha os dois pesos e duas medidas. Pegaram aquele italiano [Salvatore Cacciola] e meteram na cadeia. Ele ficou algum tempo e agora está solto.
ConJur – E no governo Lula?
Bandeira de Melo − As pessoas podem dizer o que quiserem a respeito dele, mas só não se podem renegar fatos: 30 milhões de pessoas foram trazidas das classes D e E para as classes B e C. Basta isso para consagrar esse homem como o maior governante que esse país já teve na história. Mas não só isso. Foi, portanto, a primeira vez que começaram a ser reduzidas as desigualdades sociais, que a Constituição desde 1988 já mandava. E veja outro fenômeno tão típico: olha o ódio que certos segmentos da classe média têm deste governante, deste político. É profundo, visceral. É o ódio daqueles que não suportam alguém de origem mais modesta estar equiparado a ele.
ConJur − Como o senhor vê a sucessão no STF, com a proximidade da aposentadoria dos ministros Ayres Britto e Cezar Peluso?
Bandeira de Melo −
 Não tenho a menor expectativa a respeito de quem vem e quem não vem. Claro que eu queria um candidato, todo mundo sempre tem um. Mas o que eu penso não interessa.
ConJur − O senhor já leu as poesias do ministro Ayres Britto?
Bandeira de Melo −
 Claro. Gosto delas. São poesias despretensiosas como ele. O Carlos é uma pessoa maravilhosa, não é só um grande ministro, um grande juiz, um grande constitucionalista. Ele fez mestrado em Direito Constitucional com um ex-assistente meu, Celso Bastos. O Carlos eu já conhecia e fez Direito Administrativo, que era cadeira obrigatória, comigo. Nós já tínhamos um relacionamento pessoal muito bom. À noite em casa o Carlos tocava violão. Ele é um ser humano maravilhoso, e isso é a coisa mais importante que existe. Ele é uma pessoa para se tirar o chapéu. Se eu fosse espírita, diria que o Carlos não reencarna mais. Ele vai direto, de tão perfeito que é.