Nesta madrugada de verão eu acordei e assisti uma matéria na TV, acerca do "fim do mundo" anunciada por uma "tal" seita.
O "livre arbítrio" é a expressão que denota a capacidade humana na escolha entre o bem e o mal, o certo e o errado, que geralmente tem conotações subjetivas e objetivas, abrangendo o campo religioso, na maioria das vezes em que o tema é abordado.
Nas inúmeras religiões existentes em nosso planeta, diferentes interpretações são apresentadas aos seus seguidores, e no entanto todas com suas percepções próprias e definições baseadas nos preceitos adotados por seus criadores.
As religiões no mundo diferem em vários aspectos, desde o messias, os mandamentos, a salvação, o batismo, a vida após a morte, o céu e o inferno, o pecado e outras práticas inerentes a cada uma, e há de se respeitá-las mesmo que haja discordância ou ceticismo.
Algumas religiões pregam seus dogmas através de táticas dissimuladas e camufladas na tortura psicológica.
Neste caso a aceitação ocorre num misto de desespero pessoal e pressão dirigente onde o crédulo acaba resistindo e cedendo aos dogmas, mais por medo de ir para o fogo eterno, do que pelo amor ao Criador.
Hoje muitas religiões já pregam a prosperidade na terra, e aí é uma festa!!
Leiam os jornais e revistas!!
O medo e a ameaça muitas vezes chegam a ser exaustivamente repetidos em rituais onde se fala mais no nome do demônio” do que do “Salvador”.
É óbvio que o mais cômodo é acreditar sem questionar e assim cria-se uma relação de dependência entre criador e criatura em que atribui-se à divindade todo e qualquer fato ou acontecimento, mesmo que para isto necessariamente haja vencido e vencedor, como por exemplo nos jogos esportivos, em que o vencedor da partida diz “graças a Deus” nós vencemos. Ora bolas, e o outro time, o outro jogador também não é filho de Deus, não merece a glória ?
O desconhecido geralmente causa temor e isto pode ser uma ótima ferramenta de controle e submissão para quem deseja concentrar poderes e explorar a fé humana em favor de generosas contribuições.
O Apocalipse é um termo bastante discutido no âmbito das religiões. A bem da verdade, não seria a palavra correta “discutido” e sim “explorado”.
Neste ano de 2012 foi anunciado por diversas seitas e religiões mundo a fora, a grande revelação: O Fim do Mundo chegou.
A carência humana proporciona uma espetacular possibilidade de criação e desenvolvimento de rotas alternativas, para suprir o enorme buraco negro existente no interior das pessoas.
É assim que hodiernamente vimos a crescente disseminação de que o Apocalypse se dará em 2012 com data marcada em algumas dessas seitas, filosofias ou religiões.
James Warrem “Jim” Jones, nascido em 13 de maio de 1931 em Indiana (EUA) fundou a igreja Templo dos Povos ( Peoples Temple), era um adepto da cura pela fé e via a si mesmo como um profeta capaz de realizar milagres e com o dom da clarividência.
Jin Jones anunciou o fim de mundo, e em 18 de novembro de 1978 induziu 918 membros da seita ao suicídio coletivo, por envenenamento.
Uma ignorância anunciada.
Deus é do bem!!
O Criador não extinguiria a sua belíssima obra tão cedo assim e este é o pensamento fruto do meu livre arbítrio.
Falsários, canastrões e estelionatários da fé humana correm contra o tempo e organizam-se para espalhar o terror entre a humanidade, anunciando um imaginário “Fim do mundo”.
A própria Bíblia, livro dos Cristãos, aborda o tema ressaltando que o dia e hora do Apocalypse não está determinado.( Mateus 24:36 – daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai).
O mundo acaba a cada dia, na verdade para aqueles que partem deste plano. Resta a nós, simples mortais, cuidar do nosso dia a dia , para que tenhamos melhores condições de vida, de sabedoria, saúde e convivência pacífica.
A tolerância entre as pessoas e entre os povos sim, seria a grande cartada da humanidade. A gentileza sim, colocaria fim a tantos males que nos afligem, diminuindo o sofrimento entre os homens.
Vamos à la praia, vamos ao amor, e à celebração da vida, porque a morte é certa e dela não escapará nem o crente nem o cético.
Aliás, mesmo aqueles fervorosos na fé, quando chegam próximos da “hora final” fazem de tudo para ficar mais um pouquinho por aqui neste “mundinho mais ou menos”.
Eita humanidade complicada...
Parafraseando Gonzaguinha “viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz, eu sei, que a vida deveria ser bem melhor e será, mais isto não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita”
Simbora povo!!!
Jeferson da Silva Figueirdo é Músico, Bacharel em Direito e estudou na Universidade de Samara na Rússia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário