A promotora Daniela Hashimoto afirmou que Lindemberg Alves Fernandes premeditou o assassinato de Eloá Pimentel, ex-namorada do réu, e que ele já sabia que o ia acontecer dentro do apartamento. "Coloquem-se no papel das vítimas", pediu aos sete jurados, após entregar uma cópia dos autos a cada um deles.
Segundo a promotora, "Eloá era apenas um objeto nas mãos de Lindemberg. Ele tinha ódio dela". Daniela reforçou que o tiro que atingiu Nayara Rodrigues, amiga da vítima, foi disparado pelo acusado. "A perícia comprovou que Nayara foi atingida por um projétil de calibre 32. Só o Lindemberg tinha essa arma no dia dos fatos."
Os trabalhos no Fórum de Santo André começaram por volta das 9h50 desta quinta-feira. Daniela terminou de expor sua tese por volta das 11h30. O advogado José Beraldo comentou sobre a exposição. "Ele (Lindemberg) agiu com dolo, queria matar, e atirou quando percebeu que ia ser rendido pelos policiais", afirmou. Ainda segundo Beraldo, o acusado tem um perfil de psicopata e o crime teve requintes de crueldade. "A Eloá viu a morte."
Neste momento é a vez da defesa tentar convencer os jurados. Quem fala desde as 12h é a advogada Ana Lúcia Assad. Há possibilidade de réplica de 30 minutos e tréplica de 15 minutos. Só depois os jurados irão se reunir com a juíza Milena Dias para decidir o futuro de Lindemberg e então a magistrada lerá a sentença.
O acusado chegou ao Fórum por volta das 8h25. Ele foi trazido do Centro de Detenção Provisória de Pinherios, Zona Oeste de São Paulo, onde passou a terceira noite. Sua mãe acompanha hoje o julgamento pela primeira vez. Ontem uma das irmãs de Lindemberg, Francimar Fernandes, esteve presente no Fórum, junto com o marido.
Lindemberg é acusado de matar Eloá após mantê-la refém por mais de 100 horas no apartamento da vítima, em Santo André. Um júri formado por seis homens e uma mulher decidirá se o réu é ou não culpado pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo
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