segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A PROPAGAÇÃO DO LIXO VIRTUAL








Autor: Jeferson da Silva Figueiredo

Tenho recebido muitos emails com propagandas, informativos, denuncias e campanhas sobre diversos temas. Filtro tudo e só repasso aos meus contatos aquilo que tenho certeza da veracidade, ou pelo menos não induzirá ninguém ao erro.

Correntes ridículas do tipo...envie a 12 pessoas que vc receberá uma graça , nem pensar. Deleto na hora.

Percebo que algumas pessoas repassam mensagens a seus destinatários ocultos sem ter ao menos o trabalho de ler a metade do conteúdo.

Eu não tenho este direito de jogar m. no ventilador de ninguém e me nego a enviar qualquer informação via email ou rede social, que seja duvidosa, porque me sinto responsável por aquilo que falo, escrevo e reproduzo.

Aquele que reproduz matéria caluniosa, injuriosa ou de cunho difamatório, está contribuindo para a propagação do mal e é um soldado a serviço do crime, digo do crime organizado. Isto é sério.

Faço a mesma analogia com aquela descrita por Irakli Naleva, que diz “aquele que consome a droga é um associado ao tráfico e financiador do crime organizado” sendo assim, aquele que propaga denuncia infundada ou email falso, é um disseminador do mal e um contribuinte daquela pessoa ou grupo ideológico ou não, criminoso ou não que estrategicamente criou o texto para ser facilmente divulgado através de mentes fracas e despreparadas, inocentes ou mal intencionadas que mordem a isca sem nenhuma dificuldade.

O fenômeno da internet proporcionou ao mundo, possibilidades de comunicação rápida e difusa, mas também ofereceu uma nova ferramenta para os golpistas.

Os estelionatários acompanharam a evolução dos tempos, aperfeiçoaram suas técnicas, ampliaram seu campo de atuação e conquistaram novos adeptos. Instituiu-se a modalidade dos estelionatários cibernéticos aqui incluo aqueles que criam factóides, notícias, informações e fazem dessa prática o seu ganha pão. Enquadra-se aí a mídia declaratória em comentário do jornalista Caco Barcelos.

O alvo fácil de ser atingido.

Existem leitores que absorvem facilmente as informações que lhe são repassadas, que acreditam em tudo e não questionam nada.

Duvidar é proteger-se. Lembram da “direção defensiva”? Que tal o hábito da “leitura defensiva”. Você lê e faz a pergunta...Será que isto é verdade? Quem estará por trás disso? Qual a intenção de quem escreveu esta matéria? Qual a fonte? Quem é o autor ? Qual o fundamento jurídico disso? Em que legislação posso enquadrar tudo isso? Esta mensagem é anônima? É tendenciosa? Merece o meu crédito?

Esses são alguns questionamentos cabíveis que sugiro aos queridos leitores, que o façam antes de acreditar em tudo que lhe é repassado, mesmo que seja do seu melhor amigo. Isto pode livrar alguém de uma enrascada, mico ou prejuízo.

Então vou sugerir duas campanhas:

1. A Leitura defensiva.

2. Não joguem lixo na minha caixa de email. Delete-o antes.

Desta forma estaremos contribuindo para o bem da humanidade, dificultando a vida dos maldosos de plantão, amenizando o stress dos nossos amigos e criando uma cultura para associação do bem.

Fique ligado amigo(a), lixo na minha caixa nem pensar!!

Jeferson Figueiredo é Bacharel em Direito e estudou na Universidade de Samara na Rússia.




Um comentário:

  1. Boa tarde,

    Felizmente a Rede(internet) nos proporcionou o mundo da informação, mas também, o mundo da desinformação, pois é muito fácil colocar um texto sem nenhuma embasamento cientifico, ou melhor o achismo de quem posta.
    Quanto as redes, ha muitas formas de cometer crimes, e fica uma perguntar, se recebo uma mensagem com uma intenção criminosa, se eu repassar, mesmo que não leia, sou cúmplice? Para refletir

    Parabéns Figueredo pelo blog, um grande abraço...

    Antonio Leliam Inacio

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