
Uma comissão aprovou nesta quinta-feira um relatório que atesta a insanidade de Anders Behring Breivik, extremista que assumiu os ataques que deixaram 77 mortos na Noruega em julho.
Como a decisão aumenta a possibilidade de Brevik ser enviado a uma instituição psiquiátrica e não à prisão, autoridades norueguesas estudam pedir um novo exame.
Os sete membros da comissão do Conselho Norueguês de Medicina Forense disseram “não ter comentários significativos” sobre o relatório psiquiátrico de Breivik.
Entregue em 29 de novembro, o documento afirma que o extremista sofre de esquizofrenia paranoica e estava em um estado “psicótico” quando cometeu os ataques. Na Noruega, para que a defesa alegue insanidade o réu precisa ter cometido o crime em estado psicótico. Isso significa que ele perdeu contato com a realidade ao ponto de já não conseguir controlar suas ações.
De acordo com a juíza Anne Margrethe Lund, o julgamento de Breivik continua marcado para abril e um novo exame psiquiátrico pode ser pedido pela Justiça a qualquer momento.
Breivik, 32 anos, está sob custódia desde julho, quando ocorreu a explosão de um carro-bomba no centro de Oslo e o ataque indiscriminado contra um acampamento da juventude do partido trabalhista na ilha de Utoya.
Apesar de ter reivindicado a autoria do crime, Breivik rejeita a responsabilidade penal pelo massacre, afirmando que ele era "necessário" para salvar a Noruega e a Europa dos muçulmanos e do multiculturalismo.
Cartas de amor
A emissora local TV2 informou que o extremista recebe cartas de amor na prisão, assim como cartas de pessoas que querem libertá-lo da prisão e várias manifestações de ódio.
De acordo com a emissora, a polícia já entregou ao extremista entre 200 e 300 cartas enviadas por indivíduos na Noruega e de outros países desde quando ele foi preso.
A correspondência só começou a ser entregue no início de dezembro porque até então Breivik estava proibido de manter qualquer contato com o exterior. Embora Breivik tenha sido retirado do regime de isolamento há quase dois meses, ele continua sendo o único preso de segurança máxima na penitenciária de Ila, oeste de Oslo.
Com Reuters e EFE
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