Bamako - O exército maliano retomou na noite de quinta-feira o controlo de três vilas do nordeste do Mali, atacadas quarta-feira pelos rebeldes tuareg, noticiou à AFP, citando fontes concordantes.
Segundo uma fonte militar regional, o "exército retomou as vilas de Menaka, de Tessalit e de Aguelhok, graças aos reforços que foram enviados ao local".
"O exército maliano é nesse momento, senhor da situação nessas localidades e instalou ali os seus reforços", assegurou à mesma fonte.
Um funcionário da prefeitura de Menaka, contactado desde Bamako, confirmou o envio de reforços à vila "que está controlada" pelo exército.
Entretanto, o governo maliano indicou terça-feira que vários rebeldes tuareg e um soldado tinham sido mortos em Menaka.
Os rebeldes tuareg malianos atacaram quarta-feira Aguelhok e Tessalit, próximo da fronteira argelina, após um assalto
um dias depois à Menaka, outra vila do nordeste.
Num discurso à nação, proferido por ocasião do 51º aniversário do exército, o presidente maliano Amadou Toumani Touré, não fez directamente qualquer alusão a esses ataques, nem da situação no terreno.
"A manutenção da integridade territorial do Mali continua a ser uma das missões do nosso exército", afirmou.
O chefe de Estado congratulou-se com a formação e a preparação das tropas, a manutenção do equipamento e a implicação sempre e muito marcada das Forças armadas e de segurança nas grandes tarefas para o desenvolvimento".
O presidente disse por outro lado, que em 2006, "os acontecimentos de Kidal" (nordeste), vila onde os rebeldes tuareg pegaram em armas, "foi um bom revelador da eficácia duma gestão de crise que combine com à negociação política e a iniciativa militar no terreno".
Contudo, não precisou se será essa a estratégia que espera adoptar no que concerne aos últimos ataques dos rebeldes tuareg.
Essas, foram as primeiras declarações do chefe de Estado, desde um acordo que pôs fim à rebelião que pegou em armas em 2006 e o regresso da Líbia, de centenas de homens armados que combateram no seio das forças apoiantes do líder líbio Muammar Kdhafi, derrubado e morto o ano passado.
Os rebeldes foram apresentados pelo governo maliano como sendo combatentes regressados recentemente da Líbia e membros do Movimento nacional de libertação de Azawad (MNLA).
O MNLA, é um movimento político militar criado em 2011, na fusão de grupos rebeldes, dos quais o Movimento tuareg do Norte-Mali (MTNM), de Ibrahin Ag Bahanga, morto oficialmente num acidente de viação no ano passado.
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