Revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak completa um ano
Egito ainda é comandado por uma junta militar. Revolucionários não estão satisfeitos e esperam mudanças.
Nessa quarta-feira (25), faz um ano que os egípcios começaram a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak. O país ainda é comandado por uma junta militar, chamada de Conselho Supremo das Forças Armadas, os mesmos da época da ditadura de Hosni Mubarak.
Os preparativos para celebrar o primeiro ano da revolução começaram ainda durante a noite. Milhares de pessoas voltaram a ocupar a Praça Tahrir, hoje um lugar histórico, centro dos protestos que derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak.
Para muitos, será um dia de festa. Um homem escreveu no cartaz que deseja a união de todo o povo egípcio, cristãos e muçulmanos. Trata-se de uma manifestação otimista, mas um sonho ainda distante. São muitos os insatisfeitos no Egito, um país onde quase metade da população vive na extrema pobreza.
Há discursos inflamados contra os militares, que ainda detêm o poder no país. Em uma imagem, o ex-presidente Hosni Mubarak, que está sendo julgado pela violenta repressão aos manifestantes, aparece em uma forca ao lado do chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, Mohamed Tantawi, que foi à televisão na noite de terça-feira (24) anunciar que nesta quarta (25) será suspenso o estado de emergência, em vigor no país há 30 anos.
A Praça Tahrir amanheceu num misto de festa e frustração. Muitos jovens e estudantes que iniciaram a revolução um ano atrás e enfrentaram a violência das tropas do Exército ainda estão insatisfeitos. Eles querem a saída imediata dos militares, reformas democráticas e avanços que muitos duvidam que aconteçam em um futuro governo dos conservadores partidos islâmicos.
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