Homem disse ser religioso e levou dinheiro de faxineira que estava na igreja e carteira de uma pessoa
Ignorando o 7º mandamento, “não roubarás”, um homem de aproximadamente 30 anos se aproveitou da bondade de moradores do bairro Traviú na manhã desta sexta-feira (13), se passou por padre e levou dinheiro de uma vítima e uma carteira de outra.
Segundo moradores, que não quiseram se identificar, o falso padre abordou uma senhora por volta das 7h30. Ele já sabia de algumas informações sobre o bairro e o funcionamento da paróquia Nossa Senhora das Vitórias.
Essa senhora faz parte da comunidade da igreja e possui uma cópia das chaves do local. “O rapaz já sabia disso e, como se apresentou como padre Rafael, da cidade de Santo Antonio de Posse, disse que queria conhecer a paróquia. A senhora confiou e entregou às chaves”, contou a moradora A. S.
Assim que entrou na igreja, ele encontrou a faxineira. “Ela estava passando pano quando ele a abordou e novamente disse ser padre. Ele ainda perguntou pelo padre João, já sabendo o nome do nosso pároco.”
A faxineira também confiou no rapaz e comentou que o padre estava em férias. O golpista disse que sua intenção em visitar a igreja era para celebrar uma missa no local futuramente. “Em seguida pediu para ir ao banheiro e demorou muito. A faxineira até estranhou. Quando ele apareceu, perguntou pela casa de outra moça integrante da comunidade, inclusive dando o nome da mulher.”
A faxineira só percebeu que sua carteira havia sido revirada e que R$ 30 foram levados algumas horas depois.
Café inocente/ Depois de deixar a igreja, o falso padre abordou outra moradora que estava limpando a frente de sua casa. Ele se apresentou e a mulher perguntou se o padre não gostaria de tomar um café e o convidou para entrar. Ele pediu para ir ao banheiro e quando retornou à cozinha disse que precisava ir embora”.
Só no começo da tarde, quando o marido dela retornou do trabalho, é que o casal deu por falta da carteira dele. “Ele havia esquecido a carteira em casa e foi trabalhar”. As vítimas prestam queixa no 5º Distrito Policial.
Ninguém mais viu o rapaz pelas ruas do bairro, mas o comentário era o mesmo. “Ele foi um aproveitador”, disse um comerciante que não quis se identificar.“Os moradores precisam ficar atentos e não passar informações para desconhecidos. Ele se aproveitou da boa fé e conseguiu o que queria.”
A Diocese foi procurada para comentar o caso, mas os funcionários da Cúria estão em férias e ninguém retornou as ligações.
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