quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

OIT : destaca redução do desemprego na América Latina

A despeito do cenário de incertezas na economia mundial e da forte instabilidade nos mercados financeiros, sobretudo nos países desenvolvidos, a América Latina apresentou um bom despenho econômico, com redução do desemprego, que atingiu 6,8% no final do ano passado, um nível que não se via desde a década de 90, de acordo com o estudo Panorama do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Segundo a entidade, em 2011, havia 15,4 milhões de homens e mulheres desempregados nesses países, o que significa uma queda de 700 mil pessoas no universo de desempregados do ano anterior. Mesmo assim, a OIT admite uma grande preocupação com as repercussões negativas que uma nova recessão poderia ter sobre as economias e as taxas de emprego da região a partir deste ano.

A estimativa para 2012 é a de que a taxa de desemprego urbano na região se mantenha nos mesmo 6,8% , mas isso se não houver um agravamento da crise. A OIT considera em seu cálculo uma taxa de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para a região neste ano. No entanto, a manutenção deste percentual no mesmo nível não é suficientes para conter o número de desempregados que deve subir para 15,7 milhões de pessoas neste ano. O crescimento se justifica pelo aumento da população.

Apesar dos dados positivos, a OIT ainda salienta a presença maciça de trabalhadores informais no mercado, trabalhadores por conta própria e auxiliares em atividades de baixa produtividade, o que a OIT considera desafios estruturais que precisam ser enfrentados. Em 2011, o trabalho informal na região chegou a 50,4% da população ocupada.

Se aumentou a proteção social dos trabalhadores da região, 44% ainda não têm qualquer tipo de cobertura. Em 16 países, até o final da década de 2000, 93 milhões de pessoas (50% da população ocupada) tinha empego informal. Deste total, 60 milhões estavam na economia informal propriamente dita, 23 milhões tinham um emprego informal sem proteção social trabalhando no setor formal, e 10 milhões tinham um emprego informal no serviço doméstico. No caso dos jovens (entre 15 e 24 anos), 6 em cada 10 que conseguem trabalho só têm acesso a empregos informais. E os jovens têm uma taxa de desocupação três vezes maior do que a dos adultos (14,9% contra 5%).

Da Agência O Globo

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