A Música segundo Tom Jobim, um belo filme com linguagem musical

 Por Jeferson da Silva "Figueiredo"

 

 Assisti o filme “A música Segundo Tom Jobim” e recomendo.

Uma seleção de obras do compositor é apresentada em 90 minutos ao estilo documentário musical onde nenhuma palavra está presente, apenas a linguagem  musical e ela por si só, basta.

Nelson Pereira dos Santos, o premiado cineasta brasileiro de 83 anos, um dos precursores do movimento do cinema novo explora o extraordinário e magnífico universo musical do maestro, compositor e instrumentista, que está presente na galeria dos maiores nomes da música brasileira.

Neste filme bastante peculiar, a obra do artista é dissecada por imagens de arquivos - fruto de uma extensa pesquisa da dupla e de Antônio Venâncio, não apenas no acervo do Instituto Tom Jobim, mas nas mais diversas fontes como canais de televisão estrangeiros e até na Internet.

A performance é apresentada sem nenhum depoimento, nem identificação dos cantores que participam do filme, numa seqüência cronológica de canções e fotografias de Tom Jobim, em um passeio memorável nos  diversos momentos da sua vida, onde se vê imagens do Rio antigo ao Carnegie Hall e tantas outras.

O foco são as canções marcantes na trajetória do músico, escolhidas dentre um repertório que passa de 200 composições, segundo a co-diretora. Durante a sucessão de perfomances, Tom Jobim e outros intérpretes se revezam na execução de músicas como Chega de Saudade, Garota de Ipanema, Águas de marco, Sabiá, Samba de uma nota só e Desafinado.

Um fato interessante é que após o término do filme, fica aquele gostinho de quero mais e  a platéia continua sentada, lendo os créditos, aproveitado cada minuto da preciosa obra que não é nenhum fenômeno de bilheteria, mas que vale a pena conferir.

Fica como sugestão para os apreciadores da boa música, conhecedores ou não, da vida e obra  do  ilustre  homenageado.

Jeferson "Figueiredo" é Bacharel em Direito e estudou na Universidade de Samara na Rússia.