sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Governo não teme perdas em bancos e empresas por alta do dólar

 

 

O governo não teme que a forte valorização recente do dólar desencadeie problemas para os caixas dos bancos ou para a contabilidade de grandes empresas, afirmaram fontes da equipe econômica à Reuters.

 
A severa regulamentação financeira do país impede que as instituições bancárias atuem "descasadas", ou seja, com seus passivos em dólar descobertos.
Nas últimas semanas os bancos não reportaram ao Banco Central (BC), tampouco, preocupações com perdas financeiras sofridas por seus grandes clientes com a alta do dólar, afirmou uma das fontes.
"Não há qualquer sinal de operações consideradas tóxicas (alavancadas)", acrescentou outra fonte.
Na crise de 1998, Sadia e Aracruz foram algumas das empresas que sofreram perdas milionárias por manterem operações financeiras com apostas concentradas na queda do dólar. As duas empresas acabaram sendo vendidas.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, desde que assumiu o posto, em janeiro, vinha alertando empresários contra o risco de desconsiderarem a possibilidade de o dólar reverter sua tendência de queda.
Para evitar desequilíbrios, o governo também havia tomado medidas para aumentar a transparência de operações de hedge, em que o investidor procura se proteger de perdas com a variação do câmbio.
No final de 2009, o BC determinou que instrumentos financeiros derivativos vinculados a empréstimos captados no exterior teriam de ser registrados. Antes disso, o registro só era exigido de instituições financeiras que realizassem operações com derivativos no país.
Mais tarde, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou a obrigatoriedade de registro de todas as operações de hedge feitas com instituições financeiras no exterior ou em bolsas estrangeiras.

Fonte:Isabel Versiani e Patrícia Duarte | Reuters

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