quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ministra Ideli salvatti fala sobre as políticas econômicas do Governo.

Ministra Ideli fala sobre as políticas econômicas do Governo

29 de Agosto de 2011
Durante visita ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (29), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, conversou com jornalistas sobre medidas econômicas anunciadas pelo Governo Federal durante a reunião do Conselho Político e as votações de projetos em pauta no Congresso que geram despesas extras para o Executivo. Segue a íntegra da coletiva:
Jornalista: Ministra como estão às negociações do Governo e a questão das brigas internas dos partidos, isso já passou?
MINISTRA: Nós tivemos hoje uma importantíssima reunião, não só com as centrais sindicais. A presidenta Dilma se reuniu com todas as centrais sindicais, mas também fez a reunião com o conselho político com a participação de todos os partidos que compõem e integram a base do Governo aqui no Congresso Nacional. Foram anunciadas medias econômicas extremamente importantes, que inclusive, as informações que nós temos é que essas medidas anunciadas estão tendo uma excelente repercussão junto ao mercado, junto aos empresários, junto aos agentes econômicos, por que significa que o Brasil vai continuar enfrentando essa crise que é gravíssima e que têm uma perspectiva, inclusive, de se estender por um prazo razoável por, no mínimo de dois a três anos, mas vai enfrentar essa crise crescendo, gerando emprego, distribuindo renda. E agora com esta economia extra que foi anunciada, esse crescimento no valor do superávit permitindo que nós possamos ter, claro com uma decisão do Banco Central que é autônomo, uma perspectiva concreta de redução de juros a médio prazo. Então, acho que é tudo que o brasileiro sempre sonhou: crescer, emprego, renda, políticas sociais e um “jurinho” menor.
Jornalista: Tem alguma sinalização de que o Governo não vai aceitar projetos que aumentem gastos como a Emenda 29 e a PEC 300?
MINISTRA: Este foi o debate que a presidenta fez com as centrais sindicais e com os líderes partidários porque ficaria algo contraditório se o Governo faz um esforço extremamente significativo para ampliar a economia do País, aumentando o superávit sem diminuir a política de geração de emprego, de política social, de desoneração e, na contramão, contraditoriamente o Congresso Nacional aumentar os gastos. Então é por isso que tem que ter uma sintonia muito próxima entre as ações do Governo e do Congresso Nacional.
Jornalista: Mas foi dito, pelo Governo, para que não fosse votado a Emenda 29 e a PEC 300. Será que o Governo não cede?
MINISTRA: Todas as explicações foram dadas hoje pela presidenta. É claro que o Legislativo é um outro poder, mas todos nós estamos convencidos e acho que os líderes todos saíram convencidos de que a crise internacional é muito grave, é uma crise internacional que tende a se prolongar mais do que a gente gostaria. O Brasil está muito bem preparado para enfrentar esta crise e nós devemos inclusive aproveitar, como em toda crise, a janela de oportunidades para darmos um passo à frente. Hoje o Brasil cresce distribuindo renda que é algo que muita gente acreditava que não era possível fazer. Eu acho que o próximo passo é crescer, distribuindo renda com uma perspectiva de redução de juros. Então eu acho que isto é algo que tem que ter a concordância, o apoio e a ação de todos.
Jornalista: Amanhã vai ter esse reforço aos líderes, que não pode passar a Emenda 29. O próprio líder do PMDB, Henrique Alves, disse que essa pressão é boa para o governo colocar a Emenda 29 em votação?

Ministra:
Nós vamos trabalhar com essa discussão, inclusive, a presidenta foi muito clara, tem certas votações que não resolvem o problema. Por exemplo, você pode colocar para votar o veto dos royalties, não resolve o problema para ninguém, porque vai para Justiça e aí ninguém mas sabe nem quando e nem o que será decidido. É muito melhor abrir o debate, nós termos uma proposta, aprovar uma matéria tratando dos royalties. A mesma coisa na questão da saúde, se você votar apenas a regulamentação sem discutir de onde viram os recursos para efetivamente melhorar a saúde, ou seja, que ela seja universal para todos, que tenha qualidade e continue sendo cada vez mais pública, se você não tratar dos recursos é quase que votar para sair na foto e não para resolver o problema. Esses foram os apelos que a presidenta fez, que foi muito bem recebido pelas lideranças.
Jornalista: E a votação da PEC 300?

Ministra:
A PEC 300 ela tem uma situação diferenciada do que das matérias dos royalties e da saúde, a PEC 300 efetivamente criará uma situação de gastos, insustentável para praticamente todos os governadores e caberá criando uma situação de pressão sobre as Forças Armadas. Essa questão da votação da PEC 300, ela é, nesse momento, algo que não pode se admitir.
Jornalista: Os recursos para a saúde poderiam vir da receita da legalização do jogo do azar?

Ministra:
O Congresso é soberano para deliberar sobre isso, mas não é proposta do governo. Poderia ser um projeto. Isso é algo que o Congresso deve abrir o debate.

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