quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rio Negro atinge redução de 30cm por dia



Rio Negro atinge redução de 30cm por diaA medição diária do nível do rio Negro é feita pelo CPRM, por meio de uma ‘régua’ instalada no porto de Manaus
Segundo especialistas, nunca na história das medições do CPRM houve redução de 30cm por dia durante dez dias (Bruno Kelly )
O ritmo intenso de descida no nível das águas do rio Negro - que por um período de dez dias de setembro baixou 30 centímetros diariamente - já chama a atenção até de quem é acostumado às medições e acompanhou, de perto, a evolução das maiores vazantes e cheias registradas da história do rio Negro. O engenheiro encarregado do serviço hidrográfico do Porto de Manaus, Valderino Pereira da Silva, disse estar a cada dia mais surpreso com as médias de redução no nível do rio Negro registradas em setembro.

No início do mês, durante dez dias, essa média se manteve em 30 centímetros, o que nunca havia acontecido na história das medições por um período tão longo. Ontem, essa redução foi menos expressiva, segundo ele: o rio Negro baixou “apenas” 25 centímetros. Entre os dias 15 e 16 deste mês, o rio Negro baixou 32 centímetros, no que foi a segunda maior redução desde que o nível das águas começou a ser acompanhado, em 1902.

De acordo com Valderino, a maior redução no nível do rio Negro em um único dia foi registrado em 18 de setembro de 1906. Na seca histórica do ano passado, quando o rio atingiu o menor nível, as médias de redução não ultrapassaram 25 centímetros. “Essa descida de 30 centímetros por dia no nível do rio Negro não é normal.

“O rio já desceu 30 centímetros em um dia em outros anos, mas nunca manteve essa média ao longo de dez dias, como está acontecendo agora”, informou. Apesar do ritmo acelerado de descida no nível do rio Negro, a cota ainda está a 1,54 metros da registrada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no mesmo dia do ano passado, segundo Valderino. No dia 20 de outubro de 2010, a cota do rio Negro estava em 18,03 metros.

Ontem, essa cota ainda marcava 19,57 metros, disse Valderino. “A vazante deste ano é preocupante do ponto de visto dos valores de redução diários, mas ainda é cedo para dizer se esse movimento das águas poderá refletir em uma vazante ainda maior que a do ano passado. Daqui a alguns dias essa redução no nível do rio deve ser amenizada”, explicou. Ele explica que o auge da vazante, historicamente, ocorre entre meados de outubro e novembro, se considerada a média dos últimos 100 anos. “Só quando estivermos mais perto dessa data é que poderemos analisar, com mais exatidão, esta vazante.”

'Temos que agir contra avanço da desertificação', diz secretário da ONU – France Presse
Ban Ki-Moon questiona a falta de reaproveitamento de terras para cultivo. Secretário-geral das Nações Unidas fez pronunciamento em Nova York.

A desertificação ganha terreno no mundo, mas não é uma fatalidade e muito depende da política adotada pelos governos, afirmou nesta terça-feira (20) o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em reunião durante a Assembleia Geral anual das Nações Unidas. De acordo com Ki-moon, 40% das terras do mundo são áridas ou semi-áridas e dois bilhões de pessoas dependem destes solos para a sua subsistência.

"Pr que permitirmos a deterioração destas terras áridas?", questionou o secretário-geral da ONU em seu discurso na reunião de alto nível, realizada em Nova York. "Tomemos hoje a iniciativa de reverter a tendência. Contrariamente a uma percepção muito disseminada, nem todas as terras áridas são estéreis", disse Ban Ki-moon. "Uma ação oportuna da nossa parte pode liberar estas riquezas e aportar soluções", acrescentou o chefe da ONU.

A cada ano são perdidos 12 milhões de hectares de terras produtivas, segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (CNUCD). "A cada minuto são perdidos 23 hectares de terras produtivas por causa da degradação", uma superfície que daria para produzir 20 milhões de toneladas de cereais, comparou a CNUCD.

Moradores caminham perto de animais mortos em Athibohol, noroeste de Nairóbi, no Quênia. Região sofre com grave seca (Foto: Simon Maina/AFP)

Exemplos que podem ser seguidos
Em seu discurso, Ban Ki-Moon apresentou certos casos bem-sucedidos, entre eles "a restauração de antigos terraços nos Andes do Peru ou a plantação de árvores para conter o avanço das dunas do Saara". "Há exemplos em todos os continentes de governos que revertem a tendência à desertificação e melhoram a produtividade das terras", disse Ban.
O presidente da Assembleia Geral da ONU, o catariota Nassir Abdulaziz Al-Nasser, insistiu no fato de que a desertificação traz à tona a questão da segurança alimentar, como mostra a fome que afeta atualmente o leste da África. "O custo humano e econômico da desertificação é enorme", advertiu.

Segundo a ONU, a questão da desertificação abarca o desaparecimento de terras onde as populações tinham a capacidade de plantar ou criar gado e que se tornaram áreas áridas onde vivem 2,3 bilhões de pessoas de quase 100 países. Graças a campanhas de informação, espera-se que até 2018, 30% da população mundial estejam conscientes do problema da desertificação e da degradação dos solos.

Aliança
No último dia 7, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lançou uma Aliança mundial para os solos, no intuito de evitar a degradação e possíveis ameaças à segurança alimentar do planeta.

A chamada "Aliança Mundial dos solos para a segurança alimentar e adaptação às mudanças climáticas” vai oferecer soluções e técnicas de proteção e gestão, ajudando a mobilizar recursos e competências para programas.

Dados da FAO apontam que somente na África, 6,3 milhões de hectares de terras agrícolas deterioradas perderam sua fertilidade e devem ser regeneradas para satisfazer a demanda por alimentos de uma população que pode dobrar de tamanho nos próximos 40 anos.***

Degelo bate novo recorde e seria o maior em 8 mil anos, revela estudo – O Globo

O derretimento da cobertura de gelo sobre o Oceano Ártico foi recorde neste verão no Hemisfério Norte, atingindo a menor extensão desde que ela começou a ser acompanhada por satélites, em 1972. Segundo pesquisadores da Universidade de Bremen, na Alemanha, a área coberta por gelo na região chegou a 4,24 milhões de quilômetros quadrados no último dia oito de setembro — 300 mil quilômetros quadrados (ou a mesma extensão da Península Ibérica) a menos do que a mínima registrada anteriormente, em 17 de setembro de 2007. Os cientistas estimam que seja o menor volume de gelo na região em 8 mil anos.

Os números indicam uma aceleração na perda de gelo no Ártico, já que nos últimos cinco anos foram verificadas as menores extensões da cobertura pela Universidade de Bremen e também pelo Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve dos EUA, referência global nas pesquisas sobre o derretimento do Ártico e que ainda não divulgou seus últimos dados para a estação. Os números disponíveis indicam que a velocidade do degelo duplicou desde 1972 e a extensão da cobertura de gelo é 10% menor a cada década.

Isso confirma temor dos cientistas de que as mudanças climáticas causadas pela ação do homem, somadas a padrões naturais, levarão a um verão completamente sem gelo na região no prazo de uma década, com graves consequências para o clima mundial e a sobrevivência dos ecossistemas globais.

— Isso vai afetar as algas e os pequenos animais que formam a cadeia alimentar da qual dependem os peixes, os mamíferos e o próprio homem — alerta Georg Heygster, diretor do grupo de trabalho sobre o Ártico da Universidade de Bremen.

Neste verão, o recuo do gelo no Ártico já atingiu níveis inicialmente previstos para apenas daqui a três décadas, de acordo com os modelos usados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC). Segundo o principal relatório do grupo publicado há quatro anos, a expectativa era de que a região só tivesse um verão livre de gelo no fim do século. Agora, porém, as previsões mais pessimistas são de que isso pode acontecer já em 2013.

— Um verão sem gelo no Ártico está rapidamente a caminho. A maior parte dos dados indica que os modelos climáticos usados hoje estão subestimando a perda — diz Kim Holmen, diretor de pesquisas Instituto Polar Norueguês. — Isso significa que veremos mudanças mais rápidas do que os cenários sugerem e também que há processos lá fora que influenciam o gelo e que ainda precisamos entender.

Dados obtidos em registros de fósseis mostram que a última vez que o Ártico teve um verão sem gelo foi há 125 mil anos, em pleno mínimo glacial e época em que o Homo sapiens nem tinha saído ainda da África.

Embora usem o mesmo satélite da Nasa, o Aqua, para medir o derretimento da capa de gelo no Ártico, os pesquisadores da Universidade de Bremen e do NSIDC utilizam diferentes métodos nos seus cálculos, com uma resolução espacial de apenas seis quilômetros no caso dos alemães e de 25 quilômetros no dos americanos, o que explica a diferença nas suas estimativas quanto ao recorde.

Mais difícil ainda, porém, é calcular o volume do gelo, que combina área da cobertura e espessura. De acordo com pesquisadores da Universidade de Washington, esse volume foi o menor já registrado no ano passado e deve bater novamente o recorde negativo este ano.

Isso porque, depois de atingir o mínimo em setembro, o gelo volta a se a recuperar durante o frio e escuro inverno polar. A nova capa, no entanto, é menos grossa e mais frágil que o gelo antigo que já derreteu, indo embora mais rapidamente na primavera e alimentando o ciclo. ***

Cientistas criam vulcão artificial contra aquecimento global- Portal Terra

Pesquisadores teriam se inspirado no efeito de erupções de vulcões naturais, como a do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, que teria resfriado a terra em cerca de meio grau centígrado nos dois anos posteriores.

Cientistas ingleses estão desenvolvendo uma espécie de vulcão artificial para lançar partículas químicas na atmosfera. A ideia é que os elementos reflitam uma parte dos raios solares e ajudem a diminuir a temperatura na Terra, freando, em alguma medida, o aquecimento global. O "vulcão" fica suspenso no ar graças a um balão de hélio, que na fase de testes será de 19 metros de comprimento, e em caso de utilização real seria de 200 metros. A hipótese é de que dez balões - dos grandes - seriam capazes de diminuir a temperatura do planeta em 2°C em dois anos. As informações são do Daily Mail.

Os testes iniciam no próximo mês em uma pista de pouso abandonada, no nordeste inglês, com o bombeamento de partículas de água, para verificar o funcionamento do canhão, em um primeiro momento, além de checar sua resistência a diferentes condições climáticas. Nessa fase, o balão que sustenta o "vulcão" estará a um quilômetro do chão, mas na versão final do projeto a altura seria de 20 quilômetros.

Os vulcões foram a inspiração da experiência, uma vez que a ciência já teria sido capaz de provar que as nuvens de sulfato liberadas quando as montanhas explodem causam resfriamento da terra. Na erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, o resfriamento teria sido de meio grau nos dois anos seguintes.

O projeto SPICE (sigla do inglês para Injeção de Partículas na Estratosfera para Engenharia de Clima), é uma parceira das universidades de Bristol, Cambridge, Oxford e Edimburgo, e o experimento de teste tem custo aproximado de 200 mil libras. O total do programa, se for implantado, será de 1,6 milhão de libras, em um período de três anos.

Segundo o professor Matt Watson, da Universidade de Bristol, o projeto não é exatamente uma tentativa de geoengenharia - manipulação de fatores naturais pelo homem -, mas um teste das possibilidades de saber se a geoengenharia funcionaria. "Acreditamos que a pesquisa lançará alguma luz sobre incertezas que circundam esse assunto tão controverso, e encorajará um debate mais amplo e maduro que possa auxiliar em futuras pesquisas e tomadas de decisão", afirma o pesquisador. ***

Fonte:
Wilson S. Andrade - Assessoria Técnica - Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas
Senado Federal




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Um comentário:

  1. Esta sua sua informação é interessante e importante além de preocupante como ficarão as populações ribeiras em todas as situações possíveis devido ao que esta acontecendo ao planeta como um todo e as suas observações descritas em postagem lida!

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